Polícia Judiciária investiga tráfico de droga na internet

 

A “dark net” é usada como meio de comunicação e como fonte de fornecimento de droga, o que representa um dos grandes desafios das políticas de luta contra os estupefacientes

Leonel de Castro/Global Imagens

Leonel de Castro/Global Imagens

 

O tráfico através da internet é uma das principais preocupações das autoridades europeias na luta contra a droga. A Polícia Judiciária está atenta aos mercados virtuais e tem, inclusive, algumas investigações em curso nesta área. O problema foi reconhecido ontem pelo comissário europeu das Migrações, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitros Avramopoulos, que anunciou para a próxima semana uma “reunião de peritos” para “elaborar um plano de cooperação” entre os Estados membros da UE e os outros países “para combater a utilização da internet como meio de distribuição de drogas na UE”.

Na apresentação do “Relatório Europeu sobre Drogas 2016: Tendências e Evoluções” pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA, na sigla de língua inglesa), em Lisboa, Dimitros Avramopoulos sublinhou que “com as novas drogas e os novos padrões do seu consumo, da sua produção e distribuição, nomeadamente, através da internet, há impactos significativos para a saúde pública, que é necessário enfrentar e combater”. Ao DN, fonte da PJ frisou que a “investigação que envolve a internet é complexa” e, por isso, estão neste momento a ser formados profissionais que possam intervir nesta área.

 “Estamos atentos na monitorização de sites onde se vendem drogas. Há investigações em curso nesta área com a ajuda dos nossos parceiros europeus e de fora da Europa. É necessária muita cooperação internacional”, disse ao DN a mesma fonte. No que diz respeito às novas substâncias psicoativas, o problema torna-se ainda mais difícil de resolver. “Do dia para a noite não só mudam os servidores, como as próprias subs-tâncias. Basta alterarem uma molécula.” E se não fizerem parte da lista de substâncias proibidas, a PJ deixa de poder atuar. “É uma luta complicada, mas há um grande investimento na área.”

A garantia de confidencialidade será uma das principais razões para o crescimento dos mercados virtuais na internet e na dark net. “As pessoas não se expõem a situações em que podem ser intercetadas pela polícia, no contacto com o dealer. Isso pode exercer alguma atração”, afirma João Goulão, presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Veja a matéria completa, disponível em: http://www.dn.pt/sociedade/interior/policia-judiciaria-investiga-trafico-de-droga-na-internet-5203249.html

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