Games e hackers: evite ser vítima de golpes envolvendo jogos

por Altieres Rohr

 

Há diversos jogos que colocam o jogador na pele de um hacker ou de alguém com capacidade de hackear objetos. Seja em “Uplink”, “System Shock”, “Fallout” ou, mais recentemente em “Watch Dogs”, o hacking faz parte da diversão e, melhor ainda, ninguém sai prejudicado.  O que não se pode é deixar que criminosos e golpistas estraguem o jogo.

Infelizmente, há diversos golpes relacionados a games na web. A coluna Segurança Digital de hoje lista alguns para que você saiba se proteger.

Softwares indesejados. Boa parte dos golpes relacionados a games são direcionados para quem joga no computador e, entre todas as fraudes, a possibilidade de instalar um software indesejado é provavelmente a mais séria. A ideia é simples: um golpista oferece um programa malicioso disfarçado de algo útil relacionado ao game.

As modificações de “Grand Theft Auto V” infectadas por vírus que foram recentemente descobertas por jogadores são um exemplo disso. Mas há outros casos. Programas infectados já foram até parar no Steam, mas felizmente essas ocorrências são raras.

Boa parte do risco está associada a softwares indesejados que realizam trapaças em games ou que permitem jogar sem uma licença do software, ou seja, “patches”, “trainers”, “bots” e “pirataria”. É preciso muito cuidado ao buscar trainers e patches: esses podem ser criar novas funcionalidades e aumentar a diversão do game. Mas a pirataria é ilícita e você não deve baixar programas piratas.

Os bots são softwares de trapaça e estes normalmente são proibidos, porque oferecem vantagens irregulares a quem os instala. Também não devem ser baixados.

Golpes por e-mail. Uma oferta para que você possa jogar uma nova versão “beta” de um game ou obter uma “conta premium”, mas exige que você baixe um programa ou informe sua senha é normalmente mau negócio. Tome muito cuidado com avisos inesperados recebidos por e-mail.

Compra de itens virtuais e jogos pay-to-win. Existem três tipos de mercado para jogos virtuais: o mercado interno do jogo, que é entre os jogadores e baseado em moeda virtual; um mercado baseado em moeda corrente e real, mas organizado pela própria distribuidora do game e os mercados não oficiais.

Qualquer mercado com uso de moeda corrente (dólares, real e euro, por exemplo) precisa ser usado com cuidado. Alguns jogos, chamados de “pay-to-win” (“pagar para vencer”) são desenvolvidos para que você possa jogar gratuitamente, mas obter itens e extras é tão difícil que você se vê obrigado a pagar. Embora isso possa ser divertido, é preciso controlar os gastos, pois é muito fácil que o a diversão acabe saindo muito mais cara que qualquer jogo completo no mercado que não exige outros pagamentos.

Os mercados não oficiais são ainda piores, pois são muitas vezes mantidos por golpistas. Eles roubam itens de jogadores usando softwares indesejados (vírus) que roubam as senhas. Esses itens são então revendidos. Participar desses mercados é um risco, pois não é possível saber a procedência das “mercadorias virtuais” e, assim, é possível estar colaborando com o crime. Essas lojas são muitas vezes proibidas pelos desenvolvedores e divulgadas por mensagens não solicitadas dentro dos games.

Interações on-line e dados pessoais. Muitos jogos oferecem a possibilidade de conversar e interagir com outros jogadores. Essas interações podem ser muito proveitosas, mas elas também abrem espaço para assédio e outros problemas. Não revele o seu nome completo, nem dados pessoais, como o endereço, para pessoas “aleatórias” na rede – mesmo que elas ofereçam algo em troca.

Tem mais alguma dúvida ou dica? Compartilhe na área de comentários.

Imagem: Crack oferecido para “Diablo 3” que leva a página com “pesquisa” para criminosos faturarem. (Foto: BitDefender)

Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/blog/seguranca-digital/post/games-e-hackers-evite-ser-vitima-de-golpes-envolvendo-jogos.html

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