Do UOL, em São Paulo
O aplicativo Secret, desenvolvido para pessoas compartilharem segredos anonimamente, vai ser fechado, segundo informou David Byttow, cofundador e diretor-executivo da plataforma, em post publicado nesta quarta-feira (29). O executivo não especificou quando exatamente que o programa sairá do ar.
De acordo com Byttow, a decisão foi a mais difícil que já tomou na vida. “O Secret não representa a visão que eu tinha quando eu comecei a empresa. Então, acredito que é a decisão correta para nós, nossos investidores e nossa equipe”, afirmou em post na ferramenta Medium (em inglês).
O Secret chegou a ter mais de 15 milhões de usuários e, segundo seu fundador, ultrapassou os limites de publicação das mídias sociais tradicionais por permitir a publicação de segredos sem a necessidade de identificação. No entanto, ressaltou, que é uma “faca de dois gumes”, pois o anonimato deve ser tratado com muito respeito e cuidado.
A companhia vai devolver os US$ 35 milhões investidos durante o ano de 2014 no aplicativo.
Proibição do Secret no Brasil
Em agosto de 2014, uma decisão de um juiz do Espírito Santo determinou que o aplicativo que o aplicativo Secret deveria ser removido das lojas de aplicativos Google Play e App Store. Não havia uma versão do aplicativo para Windows Phone. No entanto, o magistrado pediu para ser removido o programa Cryptic, que tinha funções parecidas e estava disponível na plataforma da Microsoft.
No documento, o juiz embasava sua decisão informando que “diversas pessoas estão sendo vítimas de constrangimentos e ilícitos contra a honra sem que possam se defender, dado o anonimato das postagens no aplicativo”.
No mesmo mês da decisão, um homem processou o Secret, pois havia uma foto íntima dele que foi postada no aplicativo.
